Máscaras produzidas pela UFCG campus de Sumé chegam a profissionais de saúde de oito municípios
Máscaras produzidas pela UFCG campus de Sumé chegam a profissionais de saúde de oito municípios
27/04/2020 – Cerca de 300 máscaras do tipo ‘Face Shields’ produzidas, de forma voluntária, por professores e alunos do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, da UFCG, campus de Sumé, região do Cariri, já chegaram a profissionais de saúde de oito municípios da Paraíba. O número não é suficiente para atender à demanda diária de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde que estão na linha de frente do novo coronavírus, mas a iniciativa da equipe é gigante e espalha esperança.
Na semana passada, uma ação trouxe incentivo para o projeto, coordenado pelos professores doutores da UFCG, Daniel Moura e Rômulo Augusto. Duas impressoras 3D foram doadas pela Prefeitura Municipal de Sumé. Máscaras já começaram a ser entregues a profissionais que atuam no hospital da cidade e em unidades de saúde do município. O projeto é apoiado pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) e ainda precisa de doação de matéria-prima (poliácido lático, acetato, polietileno) para continuar ajudando outros profissionais.
Os professores também já entregaram máscaras para o Hospital Dom Pedro I, em Campina Grande, referência para o tratamento da Covid-19 na região. Além de Sumé e Campina Grande, as máscaras já chegaram aos municípios de Serra Branca, Amparo, Monteiro, Areia, Mogeiro e João Pessoa. Já foram mais de 600 quilômetros percorridos. A equipe é pequena: os dois professores e mais três alunos trabalham no projeto. Daniel conta com a ajuda da esposa. São apenas três impressoras para produção. Faltam materiais e mão-de-obra, mas sobra solidariedade.
O professor Daniel Moura disse que a iniciativa ‘é um dever para com a sociedade’. “A gente usa o conhecimento técnico científico para distribuir com a sociedade o que a gente pode entregar pra ela”, ressaltou, acrescentando que a equipe aguarda a chegada de material para seguir produzindo as máscaras e a meta é chegar a 500 unidades.
Missão
As máscaras ‘Face Shields’ têm beneficiado profissionais como a cirurgiã dentista Luciana Torreão Santiago, que revelou que a máscara é mais uma proteção e se soma aos outros EPIs que ela precisa para trabalhar: touca descartável, óculos de proteção, máscara N95, máscara cirúrgica, luvas, jaleco e capa descartável. Todo esse aparato de segurança contra um inimigo invisível: o novo coronavírus.
“Uma linda iniciativa esse projeto aqui em Sumé! Nossa gratidão”, agradeceu, ao receber a máscara juntamente com a sua equipe. Sem poder visitar os pais, ela faz parte da legião de profissionais de saúde que precisam ficar afastados da família devido ao risco alto de contaminação. “Essa é a nossa missão. Tenho fé que vamos vencer essa batalha!”, revelou, emocionada.
A secretária de Saúde do município de Sumé, Alessandra Sousa, ressaltou a importância da parceria com a UFCG. “As máscaras estão fazendo toda a diferença para os profissionais porque têm trazido tranquilidade, tanto pra gestão como pra eles”, afirmou.
Dentista faz parte das funções com ‘risco muito alto de contaminação’, somando-se a médicos, enfermeiras, paramédicos, técnicos de enfermagem, profissionais que realizam exames ou coletam amostras e trabalhadores que realizam autopsias, conforme aponta a Nota Técnica Nº 02/2020 (PGT/Codemat/Conap/MPT), de 13 de março de 2020.
Maior proteção
Além de oferecer maior proteção pois cobre todo o rosto, a máscara ‘Face Shield’ também chamada de “escudo de face” é ecologicamente correta, desenvolvida com material biodegradável. Pode ser lavada e reutilizada diversas vezes. As máscaras têm chegado a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, dentistas, entre outros profissionais.
As máscaras são feitas em impressoras 3D. Uma delas, foi doada pelo MPT-PB no ano passado. A equipe dos professores Daniel Moura e Rômulo Augusto desenvolve um projeto pioneiro de criação de protótipos de Equipamentos de Proteção Individual Inteligentes, apelidados de ‘EPIns’.
MPT pede ajuda da sociedade
“O projeto é fantástico! Eles desenvolvem Equipamentos de Proteção Individual Inteligentes para a segurança dos trabalhadores. No início da pandemia, fizemos contato com os professores que coordenam o projeto para que pudessem pensar em equipamentos de proteção para os profissionais da saúde e com os materiais que já tinham começaram a desenvolver e produzir as ‘Face Shields’. E a sociedade começou a ajudar e colaborar com a iniciativa. O MPT reforça o pedido de ajuda ao projeto”, ressaltou o procurador do Trabalho Raulino Maracajá.
Quem quiser ajudar o projeto pode entrar em contato com o professor Daniel Moura, da UFCG em Sumé (email: danielmoura@ufcg.edu.br instagram: @danielmouura) ou com o MPT-PB (telefone: 83-3612-3100.
CONTATOS:
ASCOM / MPT-PB
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